Banca de QUALIFICAÇÃO: ADRIANA DOS SANTOS ESTEVAM
03/06/2024 15:55
A espécie vegetal Ziziphus Joazeiro Mart encontrada nas regiões temperadas, tropicais e subtropicais de todo o mundo, no Brasil podem ser encontrados em todas as cinco regiões do país e, consequentemente, em todos os domínios fitogeográficos (Amazônico, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal).O Ziziphus joazeiro Mart também conhecido por joá, laranjeira-de-vaqueiro, juá- fruta, juá e juá-espinho, é uma árvore típica do Semiárido brasileiro e seu ambiente natural é de caatinga e cerrado. Tem diversas propriedades medicinais, entre seus componentes químicos destacam-se: vitamina C, cafeína, ácido betulínico, além de possuírem uma casca rica em saponina (usada para fazer sabão e produtos de limpeza para os dentes), antiséptico, dentifrício, anticaspa, anti-inflamatório e antimicrobiana. Tradicionalmente, a microbiologia clínica tem se preocupado com aqueles organismos responsáveis pelas principais doenças infecciosas em seres humanos, onde se encontram amplamente distribuídos sobre diversos habitats, possuem expressivas taxas reprodutivas em diversos sítios, onde são relacionados a iminente infestação e contaminação de hospedeiros. Desta forma surge a necessidade de combater esses microrganismos infecciosos e, como fator para mitigar ou até mesmo equacionar o desenvolvimento das bactérias não benéficas, propõe-se a utilização de agentes químicos, antimicrobianos e biodegradáveis de origem vegetal e biodegradável. A pesquisa tem por objetivo avaliar a atividade antioxidante, citotoxicidade, composição química, atividade antimicrobiana do extrato da entrecasca e a obtenção de um bioproduto constituído de uma nanopartícula de prata. As frações foram obtidas do extrato hidroetanólico das entrecascas (EHEE), produzindo as fases: clorofórmica (FCL), hexânica (FHX), hidrometanólica (FHME) e acetato de etíla (FACE). Realizada as análises químicas para determinar flavonoides, prospecção fitoquímica e biológicas através de testes in vitro. Foram utilizadas tanto o EHEE como todas as suas fases, assim como antimicrobianos. Os resultados mostraram sobre a caracterização química das frações a presença dos compostos como flavonóis, Flavonoides, Taninos e Saponinas, Catequinas, Alcaloides e Esteroides. O potencial antioxidante da fração clorofórmica mostrou-se mais adequado, tendo como determinação do poder redox por DPPH, obtendo-
se EHEE (665,55 ± 0,25), FCL (140,90±0,40) FACE (467,4 ± 0,34) para CE50). Os resultados dos testes microbianos utilizando ECL frente às bactérias e demostrando em seus halos de inibição Enterobácter durans (6-8mm), Staphylococcus aureus (8-10mm), Enterococcus durans/hirae (8-16mm), Klebsiella pneumoniae (10-18mm), providencia (8-12mm) e staphylococcus epidermidis (8-12mm). Foram analisados o sinergismo das frações clorofórmicas quando associado a diferentes antibióticos como rifampicina, tetraciclina, eritromicina, penicilina G, cloranfenicol com resultados duplicados em relação aos valores das frações puras. Resultados promissores foram obtidos com testes realizados a partir do bioprodutivo desenvolvido que consistiu em uma nanopartícula de prata associada a FCL, onde os resultados antimicrobianos mostraram valores três vezes mais que a fração clorofórmica isolada. A partir da pesquisa afirma-se a Ziziphus Joazeiro Mart possui atividade antimicrobiano e em maior potencial a fração clorofórmica, e sendo aplicada com o bioproduto (nanopartícula) apresentou melhores resultados antimicrobianos e com perspectiva promissora no combate as cepas microbianas multirresistentes.
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